Citroën C4 G1 (2007 – 2013) – Avaliação, review e opinião

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1 de abril - 2022 | Atualizado dia 4 de julho de 2023

Por: Lucas Bueno

Conheça um pouco da história do Citroën C4 G1 e suas variações, além dos seus pontos fortes e fracos.

A primeira geração do Citroën C4 estreou oficialmente no Brasil em 2006, dois anos após sua estreia na Europa, para tentar colocar a marca em um cenário mais favorável no mercado nacional, uma vez que sua participação no país era de meros 2%.

A opção pela comercialização do C4 por aqui também se deu por motivos estratégicos, pois o modelo é um produto semelhante ao finado Peugeot 307 com quem compartilha mais de 50% de seus componentes principais, barateando os custos e facilitando a operação geral.

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Design

A primeira geração do Citroën C4 esteve disponível em quatro carrocerias diferentes: hatch, sedan (chamado de Pallas), coupé (chamado de VTR) e minivan.

As três primeiras eram as mais parecidas entre si, compartilhando a maioria de seus componentes até a coluna B, o ponto a partir do qual cada uma se diferenciava por suas construções particulares.

Já a minivan possuía design totalmente exclusivo dela, adotando o sobrenome Picasso (tal qual o antigo Xsara em carroceria minivan) e sendo comercializada em carrocerias de cinco ou sete lugares – esta última, denominada de Grand Picasso.

Começando pelas carrocerias com semelhanças entre si, os C4 hatch, sedan e coupé trazem faróis sempre com acabamento cromado e foco duplo por refletor ou projetor dependendo da versão, ambos interligados pela grade composta de filetes que se unem no logo da marca ao centro.

Os para-choques também são os mesmos, mas o sedan traz a porção inferior em preto fosco para proteger a peça de danos ao raspar em rampas de garagem, uma vez que o comprimento maior da carroceria deixa a dianteira mais suscetível a isso.

Da coluna B para trás, as três carrocerias são bem distintas entre si.

Começando pelo hatch, o teto segue um caimento arredondado até a extremidade traseira e é complementado por lanternas verticais. O coupé apresenta um teto mais alongado, mas que é cortado abruptamente na vigia traseira e complementado pelos grandes vidros laterais de quinas triangulares.

Por fim, o sedan se aproxima do hatch no caimento do teto, mas traz um vistoso porta-malas com lanternas em formato de bumerangue ligadas por um friso cromado. Nos três casos, a placa de identificação do carro fica no para-choque.

Por último, a minivan traz grandes faróis em formato trapezoidal e acabamento cromado, além de um para-choque robusto com porções em preto fosco e muitos vincos demarcando as aberturas das grades e faróis de neblina.

De lado, a grande área envidraçada proporciona muita visibilidade e a linha de cintura traz uma ondulação incomum a partir das portas traseiras, de modo a manter a ideia de ascendência sem deixar as vigias traseiras pequenas demais. Por fim, as lanternas são horizontais na carroceria de cinco lugares e verticais na de sete lugares.

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Mecânica

Toda a família do Citroën C4 G1 trouxe um único motor em comum: o bloco 2.0 naturalmente aspirado, dotado de quatro cilindros e quatro válvulas por cilindro, capaz de gerar até 143 cv de potência e 20,4 kgfm de torque nas versões que só utilizam gasolina, ou até 151 cv e 21,6 kgfm nas versões Flex.

É o mesmo motor que equipa modelos da Peugeot, mas teve a companhia de um bloco ligeiramente mais fraco como exclusividade do C4 hatch: o 1.6 aspirado de quatro cilindros que gerava até 113 cv de potência e 15,8 kgfm de torque.

Outras semelhanças se dão pela plataforma PF2 sobre a qual todas as carrocerias são montadas, além dos sempre presentes freios a disco nas quatro rodas e suspensão traseira por eixo de torção.

Falando de transmissão, o 2.0 podia trabalhar com uma caixa manual de cinco marchas ou automática de quatro marchas (a polêmica AL4) que só não foi oferecida na carroceria coupé. Já o motor 1.6 exclusivo do hatch só esteve disponível com a transmissão manual de cinco marchas.

Interior

Passando para a cabine do C4, mais uma vez as semelhanças se mostram entre as carrocerias hatch, sedan e coupé, deixando a minivan com seu design próprio de interior.

O C4 honrou a tradição da Citroën de fugir do senso comum, entregando elementos que não existiam em nenhum outro carro de sua época vendido no Brasil.

Dentre os mais marcantes, destacamos o volante de centro fixo onde apenas o aro e seus raios são movimentados enquanto o “miolo” abriga comandos de funções diversas.

O cluster de instrumentos 100% digital também é inusitado, posicionado no centro-superior do painel e com o visor de conta-giros separado, localizado logo atrás/acima do volante.

Já a minivan, embora compartilhasse de algumas dessas soluções, também buscava inovar com características exclusivas dela.

No painel, por exemplo, se escondem dois grande porta-objetos abaixo das tampas que fazem a superfície de acabamento do tabelier, além dos controles de ar-condicionado descentralizados com displays e regulagens individuais voltados a cada ocupante.

Tecnologia

Se os sedans médios de hoje são carros que esbanjam tecnologia embarcada, o mérito vai para o Citroën C4 G1 que “puxou a régua” da categoria para cima nesse aspecto, trazendo equipamentos que nenhum rival oferecia e que, em muitos casos, só podiam ser encontrados em carros muito mais caros de categorias superiores.

As versões mais baratas já contavam com itens como:

  • Ar-condicionado com saídas e ajuste de ventilação individual na traseira,
  • Freios ABS,
  • Airbags duplos frontais,
  • Trio elétrico (vidros, travas e retrovisores),
  • Ajuste elétrico de altura dos faróis,
  • Porta-luvas refrigerado,
  • Computador de bordo.

Já os C4 mais equipados esbanjavam mimos como:

  • Faróis bixenon adaptativos e direcionais,
  • Ar-condicionado digital de duas zonas,
  • Seis airbags,
  • Sensores crepuscular e de chuva,
  • Faróis de neblina,
  • Rádio com conexão Bluetooth,
  • Retrovisor interno fotocrômico,
  • Sistema de memória de falhas do veículo para facilitar o diagnóstico de problemas.

Quer saber mais sobre o Citroën C4 G1? Confira o vídeo abaixo!

Principais pontos fortes

Equipamentos

O Citroën C4 G1 foi, por muitos anos, a referência de “carro equipadão” no Brasil a um preço bastante competitivo. É uma opção que deve ser considerada pelos que gostam de veículos recheados de tecnologia embarcada.

Design

Ache bonito ou feio, ninguém pode negar que os modelos da família C4 têm design diferenciado, o que pode ser uma ótima escolha para os que reclamam da falta de personalidade dos modelos de hoje em dia.

Dirigibilidade

Mesmo não sendo os carros mais refinados do mercado, os C4 são muito bons de dirigir e conseguem agradar até aos motoristas mais exigentes. Frutos da boa plataforma e da construção decente do veículo francês.

Principais pontos fracos

Câmbio automático

Fuja dos C4 automáticos. A transmissão AL4 é conhecida por ser frágil e problemática, o que faz com que os carros equipados com ela sofram de índices altíssimos de rejeição em comercializações futuras.

Suspensão

O C4 é um carro ótimo de ser dirigido até o momento em que o asfalto começa a perder qualidade. A suspensão do modelo parece não ter sido corretamente projetada para as ruas brasileiras, proporcionando uma condução desconfortável e ruidosa em pisos ruins.

Má fama

O histórico de mau atendimento dos revendedores autorizados deixou os carros franceses mais antigos com a pior fama possível e o C4 é uma dessas vítimas.

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